O Sindmepa está solicitando audiência à Secretaria de Saúde do Estado para discutir os problemas decorrentes do processo de terceirização do Hospital Regional de Tucuruí. A OS que passou a gerenciar o hospital desde abril deste ano – Instituto Diretrizes – em plena pandemia, considera o não aproveitamento no quadro do hospital de 24 médicos especialistas concursados há mais de 20 anos, que se estabeleceram com suas famílias no município.
Um informe da empresa datado de 15 de junho, afirma que “não há vínculo direto entre a empresa e a Sespa. Por isso, não podemos repassar informações sobre seus contratos e nem os debater, somente cumprir”. Informa ainda que “à princípio, não podemos fazer nenhum tipo de acordo que envolva contracheque, horário de trabalho, de concurso, etc. Os contratos conosco são feitos mensalmente. À exceção dos colegas que estão no Contrato Social. Os pagamentos são feitos baseados na escala e frequência”. Também recomenda que os concursados e/ou contratados “deverão tirar suas dúvidas ou questionar seus direitos direto com a Sespa”.
“A decisão de trocar a gestão do hospital em plena pandemia foi desastrosa. E pode redundar em grandes prejuízos e perdas humanas”, afirma o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso.
Ainda na manhã desta sexta-feira, médicos denunciam ao Sindmepa que o Hospital está sem material para exames hematológicos. Comunicado da coordenação do laboratório informa que a direção do hospital está buscando resolver o problema em caráter emergencial. Já no final da manhã, outra denúncia: o centro cirúrgico cancelou neurocirurgia de uma paciente grave por falta de anestésico.
“O Instituto Diretrizes comete ilegalidade ao terceirizar a contratação dos médicos. E é uma empresa que já teve problemas em Sorocaba e Parauapebas. Estamos levantando informações para auxiliar o Ministério Público”, ressalta o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso.
