Vinte e três médicos obstetras da Santa Casa de Misericordia, contratados via Pessoa Jurídica, estão sem receber seus pagamentos há mais de 60 dias e ameaçam deixar de fazer plantões, caso a situação não seja regularizada. Eles foram convidados a participar da reunião de diretoria que acontece nesta terça-feira, no Sindmepa para formalizar a denúncia e discutir soluções.
A empresa que contratou os médicos, a Paramedical, deve assumir a contratação de outra categoria de médicos, hoje contratados por meio de um Processo Seletivo Simplificado (PSS), realizado no ano passado. A intenção da direção do hospital é encerrar os contratos via PSS (32 contratados) e manter todos os 55 médicos contratados como PJ pela Paramedical. Mas os atrasos no pagamento tornam a relação entre médicos e a empresa ainda mais difícil.
“Completa falta de respeito. Não pagam e nem dão satisfação ou previsão de pagamento. Muito triste ficar por 60 dias sem receber”, disse um médico. “O estado está muito negligente. Deste jeito, é melhor entregar os plantões”, disse outro, em denúncia a diretores do Sindmepa.
Os ginecologistas contratados via PSS, já deixaram claro em Assembleia Geral realizada na semana passada no Sindmepa que não querem ser contratados como PJ e vão defender a realização de concurso público para a Santa Casa. O atraso do pagamento dos médicos que já se constituíram como PJ e foram contratados pela Paramedical não deixa dúvidas de que terão problemas, caso aceitem se constituir como pessoa jurídica ao término do seu contrato via PSS.
“Se essa empresa já está atrasando os pagamentos dos médicos que aceitaram ser PJ, imagina quando os outros também se tornarem pessoa jurídica”.