Pacientes com doenças do coração estão no grupo de risco para a forma grave de covid-19. Por isso, no dia em que se comemora o Dia do Cardiologista, conversamos com o especialista, Waldir Cardoso sobre as formas de prevenção e os cuidados para pacientes com doenças cardiovasculares no enfrentamento da Covid.
Dados do Colégio Americano de Cardiologia (ACC), divulgados em fevereiro, mostram que 40% dos hospitalizados que testaram positivo para Covid apresentavam alguma patologia cardiovascular ou cerebrovascular prévia. Além disso, 6,7% dos pacientes manifestaram arritmia e 7,2%, lesão no miocárdio. No Brasil, a primeira morte registrada foi de um homem de 61 anos hipertenso e cardiopata.
Pacientes com doenças crônicas apresentam deficiência no sistema imunológico, sendo alvos mais facilmente atingidos pelo coronavírus, que assim pode levar a complicações mais sérias. Além das medidas de prevenção usuais, Waldir Cardoso recomenda alguns cuidados específicos que os pacientes de doenças do coração devem seguir para fortalecer o seu sistema imunológico.
“A principal recomendação é reforçar as medidas preventivas, manter repouso, boa alimentação, pouco sal na comida e pouca gordura. Tomar religiosamente os medicamentos prescritos pelo cardiologista, e tomar 10 minutos de sol diariamente. Com essas medidas você está trabalhando para proteger o seu coração no enfrentamento da Covid”.
A Covid-19 apresenta elevado índice de disseminação. Para não expor o paciente cardiopata, alguns profissionais estão fazendo o uso da telemedicina. Assim o paciente pode ser atendido pelo seu médico, sem o risco da contaminação durante o trajeto de locomoção.
“Muitos colegas têm usado as ferramentas da telemedicina para atender pacientes que já estavam sob seu acompanhamento. Naturalmente, nesse momento não é possível atendimentos de primeira vez, porém, principalmente no pico da pandemia entre nós, a telemedicina foi bastante usada pelos cardiologistas”, conta o médico.
Reforçando as medidas de prevenção, é necessário evitar aglomerações, o isolamento domiciliar para pacientes do grupo de risco ainda é o mais aconselhável. Sempre que possível fazer uso do home office e evitar o contato com pessoas que chegaram de viagem onde o surto ainda está predominando.