Dirigentes da Federação Médica Brasileira (FMB) e representantes de sindicatos de base participam até sexta-feira, 06, da reunião do Conselho Deliberativo, na sede do Sindicato dos Médicos de Campinas (Sindmed), em Campinas. No primeiro dia de evento, que segue os protocolos de segurança da Covid-19, os representantes acompanharam o parecer do Conselho Fiscal e aprovaram o balanço financeiro da Entidade.
Atuação dos Sindicatos
Os dirigentes dos sindicatos de Campinas, Sorocaba, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Tocantins, Santa Catarina, Sul de Santa Catarina e Pará falaram sobre as atividades realizadas durante o ano.
“A troca de informações é essencial para que os sindicatos possam se inovar e crescer. Vivemos um momento delicado para a saúde, em que as entidades precisam estar fortes para atuar em defesa dos médicos”, cita o presidente da FMB, Casemiro dos Reis Junior.
A preocupação com a terceirização e quarteirização na contratação de médicos, principalmente pelas organizações sociais, é unânime entre as entidades.
“Esta prática tem se tornado cada vez mais comum. Muitas vezes o médico se ilude pensando ser a melhor alternativa, porém mais à frente enfrenta problemas, inclusive sem receber remuneração”, declara o secretário de Relações Trabalhistas Sindicais da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas e Região, Moacyr Perche.
“Nas UPAs todos os trabalhadores da saúde são contratados via CLT, exceto os médicos. Uma realidade preocupante”, alertou o conselheiro fiscal da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Marcos Holanda.
Outro desafio das entidades é a baixa filiação dos médicos jovens que interfere diretamente no futuro das instituições.
“São os recém-formados que na maioria das vezes são desprovidos de vínculos públicos e privados, têm contratos precários, e deveriam buscar a filiação, mas infelizmente não têm essa visão”, comenta o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Marnio Costa.
“O médico atuante já sabe como funciona a profissão, seus riscos e a importância de ser representado. O médico jovem geralmente não tem essa percepção e isso pode dificultar a filiação”, reforça o secretário de Assuntos Jurídicos da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos da Região Sul de Santa Catarina, Licínio Argeu Alcântara.
O secretário geral da FMB e diretor de Imprensa do Sindicato dos Médicos do Pará, Wilson da Silva Machado, compartilhou sobre a experiência do projeto Acadêmicos Aspirantes, uma forma de aproximação com o jovem médico. “Ao serem filiados, mesmo ainda sendo estudantes e sem contribuir financeiramente, conseguimos interagir desde cedo e mostrar os benefícios de permaneceram conosco quando de fato se tornarem médicos”.
O conselheiro fiscal da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos de Tocantins, Reginaldo Abdalla Rosa trouxe como sugestão o benefício do plano de saúde com valores mais acessíveis. “Tivemos muitos jovens buscando a filiação por conta do plano de saúde mais vantajoso”.
Pandemia
A secretária de Finanças da FMB e diretoria de Assistência ao Associado do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Malu David, relatou que o Sindicato permaneceu muito atuante na pandemia. Entre as principais ações, destaca o canal de comunicação criado para denúncias. “A maioria dos médicos relatou falta de equipamentos de proteção e condições de trabalho e a diretoria foi muito atuante em busca de soluções”.
Cyro Soncini, secretário de Comunicação da FMB e presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina destacou que com a pandemia as viagens pelo Estado para reuniões com os médicos foram suspensas, mas que mesmo assim a Entidade esteve presente e atuante “Busca de insalubridade em grau máximo, seguro de vida e plano de saúde foram algumas das providências tomadas”.
Na sexta-feira, o Conselho Deliberativo segue em reunião e irá tratar sobre a reunificação com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
Fonte: Ascom FMB