O Brasil tem hoje mais do que o dobro de médicos que tinha no início do século. É o que mostra o levantamento “Demografia Médica no Brasil 2020”, realizado pelo Conselho Federal de Medicina em parceria com a Universidade de São Paulo. Porém, há desigualdade na distribuição de médicos nas regiões e estados brasileiros. Com 1,07, o Pará apresenta a menor média de médicos para cada 1 mil habitantes.
O estudo mostra que de 2000 a 2020, o número de médicos por habitante na média nacional aumentou de 1,41 para 2,4. Fazendo com que a proporção de médicos por habitante no Brasil seja maior do a do Japão. O levantamento também constatou que em estados das regiões Sul e Sudeste, e cidades mais desenvolvidas, a proporção é superior as demais. No Sudeste a proporção médico/habitante é de 3,15 e no Sul, 2,68.
Segundo o estudo, a média de médicos por mil habitantes nas capitais brasileiras fica em 5,65, sendo que as maiores concentrações foram registradas em Vitória (13,71), Florianópolis (10,68) e Porto Alegre (9,94). Já as capitais com menos médicos são, Porto Velho (3,28), Rio Branco (1,99), Manaus (2,30), Boa Vista (2,32) e Macapá (1,77), todas na região Norte. O Pará aparece com a média de 1,07 médicos por mil habitantes, cerca de cinco vezes menos do que Brasília.
A expectativa é que o número de médicos por mil habitantes continue crescendo, visto que os médicos trabalham em média 40 anos, e há cada ano cresce o número de novos formandos. Com 342 escolas médicas, o Brasil tem hoje uma média de 10,4 recém-formados em medicina para cada 100 mil habitantes. Índice superior aos da França (9,5), Chile (8,82), Estados Unidos (7,76), Canadá (7,7), Coreia do Sul (7,58), Japão (6,94) e Israel (6,9), e outros países.
Com informações de Portal CFM e Agência Brasil