Embora no México haja 1.519.579 pessoas recuperadas do coronavírus (COVID-19), as consequências que podem ocorrer após o seu contágio continuam a causar medo neste segmento da população. Está documentado que em muitos casos as afecções persistem no aparelho respiratório após a superação da doença, mas também podem ocorrer alterações cutâneas, segundo especialistas.
O Dr. Jorge Ocampo, chefe do serviço de dermatologia do Hospital Universitário José Eleuterio González da Universidade Autônoma de Nuevo León (UANL), destacou que pelo menos 20% dos pacientes com SARS-CoV-2 apresentam problemas de pele. Foi o que ele disse nesta terça durante a videoconferência “Cicatrizes que Afetam a Autoestima”.
Dos pacientes com COVID-19, 20% apresentarão manifestações na pele como urticária, pápulas, mas também lesões muito graves, como vasculite ou púrpura. Acrescentou que “eritemas ao redor dos dedos da mão ” e há inflamação e dor; no entanto, ele garantiu, mas “são lesões benignas” que se resolvem com a melhora do paciente com COVID-19. Ele explicou que isso ocorre porque, por alterações na coagulação, os vasos sanguíneos ficam obstruídos e podem levar a um infarto da pele. Da mesma forma, Ocampo disse que as lesões tendem a ser diferentes em cada organismo e em cada região da América Latina, devido aos diferentes tipos de pele encontrados na região.
A esse respeito, o Dr. Abraham Alfaro, presidente da Academia Mexicana de Dermatologia, afirmou no mesmo encontro virtual que se trata de “um campo que ainda não acabamos de conhecer”, mas apontou a necessidade de se atentar para as sequelas na pele que o vírus deixará. Podem ocorrer até semanas após ter se recuperado da COVID-19, por isso é importante fazer o o acompanhamento dos pacientes. Esses dados fazem parte de um estudo que será publicado em breve na revista especializada International Journal of Dermatology.
Fonte: Infobae