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Médica destaca necessidade de paraense permanecer em alerta

Ao analisar o quadro epidemiológico do estado do Pará, a diretora do Sindmepa, médica dermatologista e infectologista, Marília Brasil Xavier considera que seria mais prudente aguardar dados mais concretos em relação à pandemia no estado para se flexibilizar medidas de isolamento que visam conter o avanço do vírus. “Os dados epidemiológicos demonstram que seria mais prudente esperar mais um pouco para flexibilizar. Seria mais prudente terminar a vacina ou avançar na vacinação, esperar cair mais o número de casos. Isso seria bastante importante”, avalia.

Membro do Laboratório de Epidemiologia, Territorialidade e Sociedade do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, dra Marília Xavier fez o alerta após anúncio do governo do estado de medidas que flexibilizam o isolamento e acabam com o toque de recolher na Região Metropolitana de Belém a partir desta sexta-feira.

A médica analisa que o estado ainda permanece numa segunda onda da pandemia. “A gente sabe que a pandemia é dinâmica. Então, nós sabemos que houve uma primeira grande onda, principalmente em Manaus e Belém; e depois aconteceu uma segunda onda em Manaus, com o surgimento de uma variante aparentemente bastante agressiva, e sim, embora o Pará tenha tomado medidas de fechamento de fronteiras, nós observamos que tivemos uma segunda onda importante. E na verdade, estamos ainda nela”, afirma.

Sobre o número de óbitos registrado, a infectologista ressalta que, embora não tenhamos chegado ao patamar do que aconteceu em maio, o número de óbitos ainda é alto. “Embora não tenhamos chegado ao número do ano passado, quando nós tivemos realmente o nosso pico, sabemos que tem havido um aumento no número de óbitos em algumas áreas do estado do Pará. E Belém se manteve não semelhante ao que nós tivemos na primeira onda, mas são números de óbitos altos. E nós temos um agravante, que não tivemos como perceber bem isso, porque houve atrasos em algumas notificações nessa última semana que antecedeu a liberação”.

Embora tenhamos registrado um número de óbitos inferior à primeira onda, a médica destaca que isso não significa que nós estejamos em posição confortável, ainda é um número de casos muito alto. “Isso é preocupante, porque são as grandes flexibilizações que levam, de novo, ao aumento do número de casos e saturação do sistema de saúde. Continuamos com perdas, inclusive na área médica também”, afirma.

Sobre a vacinação, ela considera ainda um percentual baixo para se flexibilizar. “Embora nós tenhamos avançado bastante, e espera-se que nós possamos ter alguma melhora com essa vacinação, mas temos que ressaltar que ela é muito pequena, essa cobertura vacinal, para que a gente possa ainda ter uma repercussão maior e tão rápida. Por isso, embora tenha havido essa flexibilização, a sociedade toda tem que permanecer alerta”, recomenda.

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