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Baixa adesão vacinal leva Ministério e municípios a prorrogar campanha de vacinação

O Ministério da Saúde anunciou que vai prorrogar a campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. Segundo a pasta, a medida visa aumentar a cobertura vacinal e a adesão da população à vacinação. Até a última terça-feira, 6, o ministério computava que apenas 35% das crianças na faixa etária entre 1 e 5 anos haviam sido imunizadas contra a poliomielite. A meta da campanha é alcançar uma cobertura igual ou maior que 95%.

A Sesma também prorrogou em Belám as campanhas contra a pólio e também a de multivacinação, seguindo orientação do Ministério da Saúde, por conta da baixa cobertura vacinal. O movimento nas salas de vacinação tem sido tímido ao longo da campanha na capital paraense, segundo a Sesma. A meta estabelecida pela Prefeitura de Belém, era de vacinar 66.559 crianças de 1 a 4 anos. Mas, até o momento, de acordo com o último balanço divulgado, foram vacinadas 9.125 crianças, correspondendo a 13,71% do público alvo.

As últimas campanhas exclusivas para a pólio foram em 2018 e em 2020, onde não alcançaram boas metas de cobertura vacinal. A baixa cobertura observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país.

“Em uma avaliação de risco feito nas Américas e no Caribe pela Organização Pan-Americana de Saúde, considerando variáveis como cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e outros determinantes de saúde, o Brasil aparece em segundo lugar, como de altíssimo risco para a reintrodução da pólio, só antecedido pelo Haiti”, alerta a infectologista Luiza Helena Falleiros Arlant.

A doença chegou a ser uma das mais temidas no mundo. Mas com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido em 1994, um certificado de eliminação da doença. No entanto, com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença.

A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia, e pode ser fatal. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus. A doença não tem cura e a única forma de prevenção possível para a doença é a vacinação.

Com informações de Agência Belém e Agência Brasil

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