Dirigentes da Federação Médica Brasileira e sindicatos de base participaram, na terça-feira (21) de reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em Brasília. O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) foi representado pelo diretor Waldir Cardoso que já presidiu a FMB.
O encontro foi aberto pelo atual presidente da Federação Tadeu Calheiros com uma apresentação dos principais problemas enfrentados pelos médicos em todo Brasil. Na pauta, a importância de obrigatoriedade do Revalida para atuação de formados no exterior no País, a manutenção dos critérios para abertura de novos cursos de Medicina e a importância de se ampliar as vagas de residência médica, além da necessidade do piso salarial nacional para a categoria.
“A audiência foi extremamente exitosa pois demonstrou que temos muitos consensos com o Vice-presidente, que inclusive colocou seu assessor direto à disposição da Federação Médica Brasileira”, avaliou Waldir Cardoso.
No encontro, o diretor do Sindmepa criticou programa “Mais Médicos”, por entender que esta não é a melhor estratégia de fixação de médicos nas áreas de difícil provimento, além de destinar vagas para capitais, onde se concentra a maioria dos médicos formados.
O vice-presidente se comprometeu a dar atenção à questão do Revalida e falou sobre a importância de os Sindicatos denunciarem as péssimas condições trabalho e a falta de qualidade nos atendimentos de saúde. Alckmin informou que já sugeriu ao Ministério da Educação que o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) seja realizado na metade dos cursos e que seja aplicado algum tipo de sanção aos cursos com baixos índices.
O vice-presidente, que também é médico de formação, demonstrou pleno conhecimento dos problemas da categoria e enfatizou a importância da adoção do Exame de Ordem para os médicos, como solução extrema para banir maus cursos e proteger a população de médicos desqualificados. Ele ainda defendeu que a luta pela Carreira de Estado seja travada em todo Brasil, considerando a descentralização da atenção à saúde.
A audiência contou com a participação de representantes da Federação Médica Brasileira e dos Sindicatos Médicos do Pará, Pernambuco, Tocantins, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
