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Fundada a União dos Sindicatos Médicos da América Latina (Unión SIGMELA)

Reunidos na 1ª Conferência de Sindicatos Médicos e Grêmios da América Latina, em Buenos Aires, profissionais da Argentina, Brasil, Peru e Uruguai oficializaram a criação da União dos Sindicatos Médicos da América Latina (Unión Sigmela). No mesmo encontro foi elaborado o Estatuto da nova entidade que terá a missão de fortalecer a luta dos profissionais de saúde por melhores condições de trabalho no Continente.

Embora os sistemas de saúde dos diferentes países participantes sejam diferentes, os debates em Buenos Aires revelaram que há dezenas de pontos em comum como a deficiências na infraestrutura e abastecimentos, especialmente no setor público, más condições de trabalho. Outra pauta que une os profissionais na América Latina é a saúde do trabalhador cada vez mais impactada pelos crescentes casos de violência física e psicológica nos locais de trabalho.

O documento final do encontro, formulado após os inúmeros debates, concluiu que a violência está aumentando nos países latino-americanos e a equipe de saúde não é estranha a esta situação. Isto gera um forte impacto físico e psicológico nos trabalhadores do setor. Há coincidência na falta de políticas de proteção por parte do Estado, tanto na prevenção de eventos violentos como na assistência às suas vítimas. No entanto, em alguns países são os sindicatos médicos que estabelecem os protocolos em benefício dos seus membros.

O diretor do Sindmepa e ex-presidente da Federação Médica Brasileira, Waldir Cardoso, integrou a comissão organizadora dos trabalhos representando o Brasil e incentivou os sindicatos médicos brasileiros a participarem da Sigmela.

“A Unión Sigmela vem para dar apoio e força aos sindicatos de base e federações sindicais dos países da América Latina”, ressalta Cardoso.

Para o diretor do Sindmepa, as reuniões periódicas vão ajudar a compreender os movimentos dos diversos governos do continente e antecipar tendências que ameaçam os direitos dos médicos. “Gostaria de destacar o esforço, dedicação e perseverança dos colegas sindicalistas do Sindicato dos Médicos do Uruguai. Sem eles dificilmente teríamos chegado a esse momento histórico”, acrescenta.

LUTA POR SALÁRIOS

No que diz respeito aos salários, embora ainda não exista um parâmetro de comparação entre os diferentes países, é possível afirmar que existe uma gama de rendimentos altamente variáveis. A percepção da maioria dos países é que os salários são baixos, existem assimetrias ou diminuíram consideravelmente nos últimos anos.

Os representantes sindicais destacaram ainda a preocupação com o aumento de contratos precários que geram instabilidade laboral e perda de direitos aos trabalhadores médicos.

A jornada de trabalho também foi ponto de debate, pois varia de acordo com os cargos – de 20 a 48 horas semanais – mas devido ao múltiplo emprego, aos baixos salários e ao acúmulo de cargos, a jornada de trabalho aumentou, gerando efeito negativo nos médicos e, consequentemente, no atendimento à população.

Como resultado do evento, os Sindicatos Médicos e Grêmios da América Latina propuseram a criação de comissões de trabalho sobre os temas discutidos na Conferência, bem como a retomada do desenvolvimento de Plataformas de Análise Comparativa das condições salariais de trabalho nos países da região.

As lideranças médicas ainda reforçaram a importância do compartilhamento de experiências para poder avançar nas conquistas das demandas dos trabalhadores médicos de cada país, visando a proteção abrangente dos trabalhadores e usuários da saúde.

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