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Descaso ameaça vida de grávidas e de recém-nascidos no oeste do Pará

O descaso com a saúde pública e a consequente falta de leitos para gestantes e recém-nascidos está colocando a vida de dezenas de mães e crianças em Santarém e outros 19 municípios do oeste do Pará.

Segundo dados epidemiológicos da região, faltam leitos hospitalares para as pacientes grávidas de alto risco, assim como também faltam leitos de UTI neonatal suficientes para atender a população. Atualmente, o Hospital Regional do Baixo Amazonas conta com 12 leitos obstétricos, enquanto 79 gestantes de alto risco necessitam de internação.

De acordo com as informações recebidas pelo Sindmepa, nos últimos 30 dias foram registrados três óbitos maternos, de mulheres entre 16 a 22 anos. A situação dos recém-nascidos é ainda pior, pois foram registrados 30 óbitos, entre setembro e dezembro de 2023, segundo Dados de Mortalidade Infantil divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Santarém. Entre as principais causas estão o desconforto respiratório do RN.

No Pará, a cada 100 mil nascimentos, aproximadamente 78 mulheres morreram durante o parto e o puerpério em 2022 – registrando índice de 79,7 (0,08%), acima da média nacional, que ficou em 57,7. A região Norte concentra o maior percentual do país e, no ranking nacional, o Estado aparece em 9º lugar, segundo dados divulgados pelo IBGE, no dia 08 de março.

Atualmente, o Hospital Regional do Baixo Amazonas destina 30 leitos de UTI neonatal para atender a uma população de mais de um milhão de habitantes, presente nos 19 municípios do Oeste do Pará.

A diretora do Sindmepa, Nástia Irina ressalta que o município não tem um hospital de referência para realizar as cesarianas que deveriam ser programadas com antecedência para atender às grávidas de alto risco. A médica reforça que o serviço especializado é fundamental para reduzir o risco de morte de gestantes e bebês.

“Esperamos que o governo do Estado e o município de Santarém garantam imediatamente os leitos hospitalares em obstetrícia para realizar as cesarianas programadas às gestantes de alto risco, e que ampliem os leitos de UTI neonatal para atender à demanda reprimida que está levando a mortes evitáveis de mulheres e crianças no oeste do Pará. Além destas medidas, é fundamental que os governos municipal e estadual priorizem a conclusão da obra do Hospital Materno Infantil, que já se arrasta há 12 anos. Para que assim possamos enfrentar esta situação dramática da alta mortalidade materno-infantil em Santarém”, reforça a diretora.

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